Há quem diga que o
embuste é automaticamente uma redução de qualidades e personalidade de alguém
que precisa enganar por algum motivo.
Desde os tempos
primitivos o homem foi se especializando em despistar. Mas esses conhecimentos
primitivos não são as únicas formas de
conhecimento que o homem possui para enganar e interpretar a realidade.
O homem desde a sua
pré-história deixou marcas de sua sensibilidade nas paredes das cavernas,
quando desenhou sua própria figura e a figura da caça, criando uma expressão do
conhecimento que traduz emoção e sensibilidade.
Embuste e desfaçatez são domínios do conhecimento humano.
O EMBUSTE
O telefone toca
insistentemente.
Sai do meio dos
lençóis uma mão pálida e preguiçosa...
Pega o telefone e
com a voz mais preguiçosa ainda diz:
-Alô! Luzia
Morano...
-Luzia precisa vir
rápido temos um caso para você. – diz uma voz eufórica do outro lado.
- Ah... Não! Ainda é
de madrugada... O que foi Joe?
- Luzia! Acorda!
= Nem vem Joe! Tem
que ser muito sério
-Luzia está sentada?
=Estou deitada Joe.
- Tá bom! Então lá
vai: Detetive Luzia Morano Mataram O VINGADOR!
Por uns instantes
Luzia para de respirar, sente tontura, seu ventre dói.
Ela está no quinto mês
de gravidez e o susto foi forte.
Ela levanta devagar,
com as mãos por baixo do ventre como se pudesse proteger seu filho, põe as
pernas para fora da cama com movimentos lentos e respirando firme:
Inspira, expira, para acalmar-se.
A dor esta bem
forte, aguda!
Luzia precisa pensar
com clareza, acalmar-se, não quer perder seu filho e precisa ir até a cena do
crime para reconhecer o corpo.
O grito calado de
Luzia não encontra eco.
Não existe
ressonância entre o que ela pensa e o que ela diz, são palavras de alento a si
mesmo e que ela precisa acreditar.
= Calma Luzia
Morano!
Quando chegar lá,
você verá que não é Sebasthien ele não se deixaria ser pego assim.
Ela precisa crer no
que ela diz, porque o que ela pensa é:
= E a gora como vou
ficar sem Sebasthien o que vou fazer?
Oh Deus não vou suportar sem ele...
Luzia veste a mesma
roupa que havia jogado sobre a poltrona quando chegou cansada da delegacia e
vai ao banheiro.
Molha o rosto se
olhando no espelho, seu rosto é uma máscara de dor e de desespero, mas ela é um
policial e tem de agir como tal.
Ainda olhando no
espelho as gotas de água que escorrem pelo rosto, fala com sua imagem
refletida:
= Você não pode se
perder Luzia!
Não pode desmoronar!
Não faça de seus
sonhos quimera!
Não apague o que um
dia foi um sorriso pelo fatídico destino.
Não seja tragada por
sonhos desfeitos, projetos, planos, traga forte em seu coração o que você pensa
ter perdido.
Reage mulher!
Dizendo assim Luzia
passou a mão molhada nos cabelos, prendeu em um rabo de cavalo, pegou a bolsa e
saiu rápido, chamou o elevador, mas antes de entrar lembrou que esqueceu as
chaves do carro ia voltar correndo arfando quando ouviu uma voz grossa e
conhecida:
- Detetive venha vou
levá-la ao local do crime.
= obrigada Joe!
Vamos!
Luzia respira
aliviada, Entraram no elevador e Joe apertou o botão “térreo” enquanto descem
Luzia pergunta:
= Onde está o corpo?
- Aqui perto Luzia.
Os dois se calam!
Sai do elevador em
silêncio, Joe nota o semblante lívido de Luzia, ajuda-a a entrar no carro,
corre para o volante e sai roncando pneus.
Dois quarteirões
depois... Muita gente...
Luzia de longe
conhece a faixa amarela de isolamento da polícia, o coração acelera...
Joe estaciona e a
ajuda a descer, Luzia firma o passo e vai até o isolamento com dificuldade pela
dor no baixo ventre e pela grande quantidade de curiosos.
Ela procura com o
olhar entre a multidão o invólucro preto...
E pede aos céus que
não esteja ali...
Que tudo não passe
de um pesadelo...
Avista a ponta dele,
sente tontura, é aparada por Joe que pergunta se ela quer desistir do
reconhecimento.
=Não Joe! Preciso
fazer isso, é o meu amigo.
Luzia chega perto,
os detetives vêm ao seu encontro falando sobre tudo que descobriram,
Ela não ouve precisa
ver o corpo seu coração não quer acreditar que seu amigo está ali debaixo
daquele plástico preto na sarjeta.
Sempre atento Joe a segue de perto, Luzia se
abaixa ao lado do corpo e pega a ponta do plástico de dum golpe descobre o
corpo jaz na beira da estrada.
E começa a narra sobre o cadáver para que seja
anotado.
Homem – alto - mais
ou menos 1:95 m de altura - 85 kg- cabelos claros e compridos – usa mascará
ninja negra - sobretudo, negro - e toda roupa também negra - não usa calçados
apenas meias.
Vou retirar a máscara para vermos a cor de seus olhos.
Luzia retira a
máscara com a respiração presa.
Tem um desfalecimento
e é amparada por Joe.
O rosto do cadáver é
uma massa de carne, os tiros foram todos na cabeça desfigurando o rosto, parte
da cabeça do lado esquerdo e parte do pescoço.
- Quer desistir
Doutora?
= Não Joe! Só vou
respirar! Abra roupa dele, por favor.
Um policial se
abaixa junto ao cadáver e com um canivete corta cuidadosamente os botões da
camisa, Luzia pede que abram toda a camisa;
E la está a cicatriz
do abdômen em pé, acima do umbigo...
Esse cadáver se
parece muito com Sebasthien, mas a esperança ainda reina no coração dela.
Luzia passa a mão no lado direito abaixo das
costelas e sente mais uma cicatriz a que Charles Durnning Fez no dia que o
sequestrou, as esperanças vão morrendo não pode existir tanta coincidência.
Luzia caminha os dedos pelo abdômen mais á baixo descendo a virilha e fica
pálida...
Joe a ampara outra
vez.
Luzia se levanta e
diz.
= É ele! É
Sebasthien Rousseau. O VINGADOR.
Os policiais cobrem
o cadáver olhando penalizados para Luzia, ela é querida por todos e eles veem
seu sofrimento.
Luzia perdeu mais
alguém que amava.
Joe quer levá-la
para sua casa, mas Luzia não aceita quer investigar, não entende como
Sebasthien se deixou ser pego assim, deformando todo seu rosto.
Esta pessoa Fez de
propósito!
Como chegaram tão
perto dele sem que ele reagisse?
Sebasthien é forte,
exímio lutador, usava ates marciais do ninjútsu.
O que houve meu
Deus?
São perguntas que
ela pretende descobrir com os indícios da investigação.
Claro que haverá uma
investigação!
Afinal, Sebasthien
ajudou a solucionar vários casos, mesmo que ele estivesse à margem da lei
ajudava aos policiais com o consentimento dos mesmos. Então nada mais justo que
uma acirrada investigação.
O VINGADOR Era
conhecido por muitos como o homem dos milagres que previa fatos.
Vestia-se de
forma sóbria onde se destacava o seu, sobre tudo.
Era um homem simples
e bom, dava atenção às pessoas mais humildes e odiava os malfeitores a quem ele
não tinha piedade.
Sebasthien foi um
devotado detetive de policia, acreditava na justiça universal e realizou
estudos sobre tudo que dizia respeito à lei.
Suas tentativas
pacifistas facilitaram seu contato com uma grande quantidade de peritos
criminais dos quais ele aprendeu muito sobre sua profissão.
Luzia procurava sem
cansar, revistava provas, estava invocada com este assassinato.
Foi tudo muito bem
orquestrado!
Dois dias se
passaram da morte do VINGADOR e ninguém tinha encontrado nada para ajudar a
solucionar o caso, Luzia estava exausta de tanto passar sem dormir procurando
nas coisas de Sebasthien algo que a ajudasse com esse mistério.
Na manhã seguinte ao
assassinato do VINGADOR o inspetor geral chamou Luzia e deu a ela o caso de
Justine Meyke um famoso cantor de rock que havia sido raptado por quatro
meliantes em uma van vermelha, o veículo em questão invadiu o estacionamento do
hotel de Justine na hora em que o cantor e a banda saiam para pegar seu ônibus
de shows, que ficava no estacionamento “prive”.
As pessoas que viram
o rapto vieram dar seus depoimentos.
Justine é um cara
adorado por todos e idolatrado pelos fãs.
É um belo homem de
vinte e oito anos
Um metro e noventa
de altura,
Oitenta e cinco
quilos,
Corpo perfeito,
caucasiano, cabelos compridos e bem tratados.
Muito cortês e
gentil com todos.
Amigos e vizinhos
vieram a delegacia ajudar a polícia com o que sabiam sobre ele.
Seus pais rezavam
para que ele não tivesse morrido.
Alissa e Albertini
irmãos de Justine estavam desesperados, sabiam que o Astro não absorveria bem a
ideia do rapto e não aceitaria aquilo tão calmamente.
Segunda Parte
Enquanto a policia
de Nápoles investiga o rapto de Justine uma figura estranha vaga perdida num
milharal, anda em círculos, quão fechada é a plantação.
Sua faca de caça já
está cega de tanto abrir caminho entre os milharais.
Sente muita fome, já
comeu algumas espigas cruas pelo caminho, mas sente fome de carne, está ficando
desnutrido e é um homem grande, precisa de proteínas e água.
O homem está usando
roupas de couro que lhe tolhem os movimentos por isso arrancou as mangas da
jaqueta, o que foi muito ruim, pois ficou com os braços todo lanhado pelo
milharal e coça muito, a camisa que vestia por baixo da jaqueta era de malha,
ele tirou e rasgou fazendo atadura para sua cabeça que estava sangrando e doía
muito, e para as suas mãos que estão feridas, devido o roçar do milharal com a
faca cega.
O sol já está se pondo e ele irá passar a
terceira noite ali.
Não consegue
entender a razão de estar em um milharal tão extenso.
O que lhe parece; é
que foi colocado ali.
Ele está todo sujo
de terra, seu cabelo emaranhado já escorre suado sobre os ombros.
Havia dobrado as
calças descobrindo as canelas e a jaqueta de botão já tem uns rasgos pequenos,
a bota está lhe pesando nos pés, mas se tirar cortará toda a sola dos pés com
as folhas que estão no chão, roçadas por ele.
Depois que voltou
todo caminho, ele descobriu desolado, que andou em círculos.
A Lua começa a
despontar.
O homem sente um
grande carinho e uma cumplicidade “indizível” por esta majestade a Lua!
Situando-se agora
pela Lua ele vai seguir para fora deste milharal, ele sabe que precisa seguir
para o sul, não sabe por que, mas foi o que fez.
Atravessou o mar de
milho e chegou num descampado, não conhece nada ali, mas tem certeza de que se
seguir sua intuição chegará a segurança de algum lugar onde possa saber quem
ele é e o que estava fazendo naquele lugar.
Andou sem trégua,
até que o breu tomou conta de tudo, olhou para o céu a procura de sua guia e
viu que o céu esta nublado.
Sentiu um aperto no
coração!
Seu estômago já
estava embrulhando a mente nublada pela sede.
Continuou avançando
tentando não pensar em coisas ruins, mas era difícil.
Um pedaço da lua foi
descoberta e um facho de luz iluminou em volta do homem que parou de súbito ao
ver aquilo. Seu coração deu uma
relaxada ao ver o tanto de luz que o rodeava como um astro embaixo de
refletores.
De repente ouviu
barulhos no milharal!
Pareciam passos de
alguém afastando as odiosas folhas que já havia lhe ferido toda pele.
Os passos vinham da
parte não iluminada, se aproximavam devagar, algo apavorou o homem a ponto de
sentir vontade de gritar, mas não conseguiu nem abrir a boca, ou mover qualquer
músculo do corpo.
Um rosnado começou
baixinho e foi aumentando à medida que os passos se aproximavam.
Ele estava
petrificado pensando: que animal seria aquele no meio do milharal.
Quando uma gota de
suor frio passou por seu nariz, a luz que estava em sua volta foi perturbada
por uma sombra que aumentava...
E desta sombra ele
viu dois olhos amarelados e doentios, enormes, um urro, uma dor lancinante na
cabeça... Escuridão total.
Ele acordou numa
toca ao alvorecer.
Uma espécie de
esconderijo que ficava depois de todo o milharal, o homem revistou todo local
viu por uma abertura que ficou pela grande pedra que cobria a entrada, que era
uma abertura enfiada numa colina suave.
Lá dentro tinha
livros, brinquedos, peles de coelhos, guloseimas, algumas garrafas de água que
ele abriu de imediato uma e tomou.
No meio as coisas
havia uma bússola.
Porém ele sabia que
se não saísse sozinho daquele lugar, ninguém o acharia ali.
Mas o que ele
precisava agora era dormir um pouco descansar...
Terceira Parte
- Doutor Tardelli eu
preciso lhe falar!
- Luzia! Pode
esperar um pouco?
Chegou um parente de Sebasthien Rousseau vindo de Pontoise na
França e deseja ver o corpo.
- Eu preciso falar
antes! É de suma importância. – Disse Luzia
O Doutor Tardelli viu que ela estava
realmente apreensiva e pediu que levassem o parente de Sebasthien a um hotel e
que logo seria chamado.
O senhor Ravier
Rousseau não ficou nem um pouco satisfeito com esta decisão do doutor Tardelli,
mas não tinha outra coisa a fazer a não ser aceitar ir para o hotel.
- Venha Luzia! Vamos a meu escritório.
= Sim doutor
Tardelli
Os dois se
acomodaram, o doutor Tardelli notou que seria uma longa conversa pela expressão
sombria de Luzia e pediu dois Capuchinos.
- O que aconteceu
Luzia? Pode me dizer, sinto que precisarei manter sigilo pela sua maneira de
agir fora do normal.
= Doutor! Eu não
contava com essa pessoa que veio ver o corpo.
Ninguém procurou
pelo VINGADOR desde o acontecido com a família dele.
- Calma Luzia! É só
um tio que veio reclamar o corpo para um enterro digno.
Afinal é um ser
humano, apesar de delinquente.
= Sebasthien não é
um delinquente doutor Tardelli
- E como você
classifica alguém a margem da lei como ele?
= Sebasthien é um
justiceiro! Certo que age a margem da lei como o senhor disse, e muitas vezes
fazendo justiça com as próprias mãos, mas vê doutor, ele só faz isso quando a
polícia esta de mãos atadas e ele tem certeza do que faz, nunca machucou um
inocente.
- Em termos você tem
razão Luzia! Por muitas vezes resolvemos casos indecifráveis com a ajuda do
VINGADOR. Mas não posso deixar-me levar por sentimentalismos, preciso manter a
ordem. Concorda comigo?
= Sim doutor em
termos como o senhor mesmo acaba de dizer.
- Bem detetive
afinal de contas...
Ele para de falar por que chegaram os
capuchinos fumegantes, cheirosos, derretendo o chantilly. O Doutor Tardelli
agradece ao secretário e serve o café a Luzia.
Ela fica olhando
para o chantilly se desmanchando formando e formando desenhos de repente ela
diz:
= O cadáver não era
O VINGADOR
- O QUE?? Grita o
doutor Tardelli engasgando com café e sujando algumas folhas. Ele se levanta
balançando as folhas e pergunta assustado:
- Como assim Luzia?
Você reconheceu o corpo! Porque fez isso?
= Fica calmo doutor!
- Como calmo? O cara
ta aí para ver o sobrinho.
= Isso sim foi
inesperado, não chamamos ninguém!
- Isso não vem ao caso Luzia!
= Vem ao caso sim
senhor! Porque ele veio sem ser chamado?
=Como soube do assassinato se nem tem
contato com o sobrinho?
= Estão de relações cortadas.
- Qual a sua visão
deste caso detetive? Porque fraudou um reconhecimento.
= Porque achei muito
estranho Sebasthien ter se deixado ser pego assim, ter o rosto deformado e
nenhuma bala em todo corpo, somente na cabeça? Enquanto estava colhendo provas
no cadáver, pensei sobre tudo isso e quando não encontrei a cicatriz na virilha
me veio a ideia de afirmar ser ele para descobrir o mistério.
Sebasthien pode
estar vivo doutor.
- Ninguém sabe desta
cicatriz na virilha? De que adiantará então? Como provar sua teoria?
= Os médicos que o atenderam
sabem dela e poderão confirmar.
- Como ele obteve
esta tão fadada cicatriz?
= O senhor ainda não
estava aqui conosco. Sebasthien entrou em luta corporal com uns meliantes que
queriam pegar uma moça que estava entrando no beco para comprar narcóticos.
Sebasthien os prendeu e entregou-os a policia de Nápoles, mas antes um deles
enfiou um canivete no baixo ventre dele. Como Sebasthien não podia ir a um
hospital tentou se curar sozinho, mas teve febre desmaiou e o detetive Solano e
eu levamos ao hospital. Ele ficou curado, mas ficou uma cicatriz bastante alta.
- O que você pretende com isso Luzia?
= Como eu disse
descobrir o que aconteceu, porque toda essa farsa, onde está Sebasthien.
Ele pode estar em
apuros ou pior: em perigo.
- Luzia! O que
faremos com o senhor Ravier?
= Vamos ver até onde
ele sabe. Se ele confirmar que é Sebasthien Rousseau! Diremos que não pode
levar o corpo ainda até terminarmos com as investigações, que deve ficar no IML
caso precisemos colher provas, algo deste tipo.
- Detetive Luzia
Morano! Você me afirma conscientemente que este cadáver que se encontra em
poder da policia não é de Sebasthien Rousseau?
= Afirmo doutor
Tardelli. O embuste que fiz foi consciente. Vou encontrar meu amigo! E para
isso preciso da sua ajuda.
- Está bem Luzia!
Vamos chamar o Ravier Rousseau.
FINAL
Como Dr. Tardelli e Luzia já esperavam!
O senhor Ravier
Rousseau confirmou que o cadáver é de seu sobrinho Sebasthien Rousseau e queria
levar de qualquer maneira os retos mortais para Pontoise na França. Mas o
doutor Tardelli fincou pé e não deixou. Ainda mais depois do que Luzia acabou
de lhe dizer que descobriu... Ele berra!
- O que??? Por que
acha que fizeram isso? Você só pode estar louca!
Vou perder meu
distintivo desta vez detetive Luzia Morano!
= Doutor Tardelli!
Alguma vez eu já me enganei??? Tive os melhores professores Inspetor Andrea
Giordano e o Inspetor de Policia Sebasthien Rousseau.